Vinicius Poit, candidato ao governo paulista, é o entrevistado da semana no Jornal Opinião Pública

Por Portal Opinião Pública 25/08/2022 - 08:55 hs
Foto: Divulgação
Vinicius Poit, candidato ao governo paulista, é o entrevistado da semana no Jornal Opinião Pública
Vinicius Poit disse ser contra a reeleição e decidiu não concorrer a um segundo mandato na Câmara

Continuando a série de entrevistas em que apresenta candidatos das Eleições Gerais de 2022, o Jornal Opinião Pública muda, nesta semana, seu foco do Legislativo ao Executivo, para conversar com o deputado federal e candidato ao Governo do Estado de São Paulo, Vinicius Poit (Novo).

Aos 36 anos, o parlamentar e empresário de São Bernardo do Campo, busca um novo desafio em sua, até agora, curta carreira política, iniciada justamente com o mandato conquistado em 2018, quando obteve 207.118 votos em todo o Estado. E para isso, ele declinou da possibilidade de tentar a reeleição à Câmara dos Deputados em busca da cadeira de governador, visando uma “maior influência e impacto na política paulista”.

No bate-papo, Poit falou sobre sua atuação parlamentar, expôs suas ideias de como pretende trabalhar em um possível governo diante das demandas da população, da estrutura da administração pública, e de como o Executivo paulista pode auxiliar a região do Grande ABC a se desenvolver. 

Jornal Opinião Pública – Por que o senhor decidiu não tentar a reeleição para a Câmara dos Deputados e buscar o governo paulista? Qual sua motivação para esse novo desafio? 

Vinicius Poit – Eu, particularmente sou contra a reeleição. No Partido NOVO, para cargos legislativos o limite é de uma única reeleição. O que estava ao meu alcance para melhorar o Estado de São Paulo enquanto deputado federal já foi feito, agora busco a posição de governador, capaz de maior influência e impacto na política paulista. E me sinto à vontade em abrir caminho para candidatos muito bem preparados, como o Paulo Proieti, que é uma das pessoas que mais conhece o Grande ABC e vai representar a região e o estado muito bem em Brasília. 

JOP – De que forma o senhor avalia seu mandato como parlamentar ao longo destes quatro anos, o que foi possível absorver desta primeira vivência no mundo político e como ela poderá lhe auxiliar em um possível mandato como governador? 

VP - Avalio como um mandato de desempenho histórico no país. Tive contributos relevantes para o desenvolvimento econômico do país, sendo relator do Marco Legal das Startups, coordenador da Bancada Federal Paulista no Congresso e presidente da Frente Parlamentar Mista de Economia e Cidadania Digital. Além disso, fui o primeiro deputado federal a receber a certificação do Selo Portal da Integridade, uma iniciativa do IBRA, um instituto que é referência em avaliar transparência e o combate à corrupção a nível parlamentar. A experiência na Câmara também será crucial para o cargo. Não há como o chefe do executivo estadual ter bom mandato sem entender a relação e as dinâmicas entre os dois poderes. Isso é muito importante para garantir governabilidade e eficiência na execução das políticas públicas, aspectos necessários para atender às demandas do povo de SP. 

JOP – Governar São Paulo é uma grande responsabilidade. Em termos de administração pública, quais as principais mudanças que o senhor pretende implantar em relação ao atual modelo de gestão, caso eleito? 

VP – A primeira grande mudança que precisamos fazer é diminuir a quantidade de cargos na gestão do Estado de São Paulo, estamos desperdiçando recursos enquanto deixamos de trabalhar de maneira responsável e transparente. Atualmente, o maior gasto para os cofres públicos brasileiro é com folha de pagamento. Quantos funcionários fantasmas já vimos infiltrados no governo? Dezenas. Para que seja possível, criaremos uma avaliação de desempenho para os servidores públicos e apenas os bons resultados continuarão vivos em meu governo. Outra bandeira que defendo é o processo de desburocratização da economia, sobretudo quando falamos em alvarás de funcionamento para bares e restaurantes e, para demais áreas que dependem de um trâmite lento e altamente burocrático. Precisamos facilitar a vida do cidadão enquanto gestores públicos e não atrapalhar ainda mais. Quero facilitar os processos para abertura de empresas e fomentar nossa economia. 

JOP – Quanto aos investimentos, existe uma ou mais áreas que o senhor vê como prioritárias no que tange a aplicação dos recursos públicos? 

VP - Quero fazer um governo fora da caixa e impulsionar a potencialidade do estado de São Paulo. Para isso, vou batalhar por uma educação mais inclusiva, por uma saúde inovadora e digital, em que possamos unir esforços em prol da boa ciência, para melhorar a estrutura da nossa segurança pública e combater os grandes privilégios dentro do setor público. Além disso, a mobilidade urbana também será um diferencial, queremos investir em transportes mais limpos e gerar benefícios diretos para o trabalhador paulistano. 

JOP – Como alguém ligado ao Grande ABC, qual a sua avaliação sobre a importância da região para o Estado? 

VP – O ABC está localizado em uma região estratégica do nosso estado e é um polo industrial muito relevante para aquecer a economia de São Paulo. Sede de diversas empresas de áreas essenciais para o cidadão, ainda gera bastante oportunidade de empregabilidade. Precisamos direcionar investimentos que facilitem a mobilidade urbana local e também uma logística que possa favorecer a distribuição do que é produzido lá, para todo o restante da Grande São Paulo. 

JOP – E de que forma o Executivo estadual pode contribuir para o desenvolvimento das sete cidades? 

VP – Podemos ajudar no crescimento das indústrias, fomentando e criando incentivos para que cada vez mais empresas se interessem pela região, oferecer subsídios em impostos para produção e distribuição de bens duráveis e não-duráveis. Fomentando desta maneira, a ampliação de ofertas para novos empregos e modernização para a região. 

JOP – Qual o tipo de abertura que os prefeitos das sete cidades do ABC e outras entidades da região terão com o senhor em um possível governo? 

VP - Quero ser um governador receptivo em todas as demandas, para isso o tipo de abertura que desejo oferecer é um canal direito em que as prefeituras possam ter acesso ao governo do estado para trazer suas inquietações e, dentro das nossas condições, podermos auxiliar com o que for necessário. Desejo estar sempre à postos para ouvir, aconselhar e batalhar por melhorias na região do ABC e também para todo o estado. 

JOP – A pandemia de Covid-19 gerou reflexos negativos, não só em São Paulo, mas em todo o Brasil. Como o senhor pretende trabalhar para que os problemas causados pela pandemia possam impactar cada vez menos na vida da população paulista? 

VP - Simplificando a vida do paulistano. Vivemos um período muito instável e altamente difícil para todos. O melhor a se fazer por agora é tirar as pedras que existem no caminho do cidadão. Desburocratizando os processos, facilitando o empreendedorismo, investindo em telemedicina, melhorando a estrutura do transporte público e selando um compromisso com o contribuinte de que queremos trabalhar não para gerarmos meros privilégios, mas para o seu bem-estar